Minha experiência como mentor de Design Thinking no Latin Code Week

Em dezembro de 2017, em parceria com a Junior Achievement São Paulo fui mentor voluntário na edição do Latin Code Week daquele ano.

O Latin Code Week é uma iniciativa da Prefeitura de São Paulo junto com a SAP para capacitar jovens nas modalidades de linguagem de programação e inovação. Na edição que participei, foram no total 3 dias ensinando sobre Soft Skills, Design Thinking e prototipação (MVP), utilizando uma ferramenta chamada “Build”, da SAP.

O evento aconteceu na subprefeitura de São Miguel Paulista.

No total, foram aproximadamente 60 jovens com idades variando entre 16 e 25 anos, todos da região de São Miguel Paulista. Muitos dos jovens já se conheciam, isso facilitou no momento de montar os grupos para fazermos as dinâmicas.

Com toda essa moçada, montamos no total 10 grupos, com mais ou menos 6 integrantes cada um, as primeiras dinâmicas foram para estabelecer e motivar o trabalho em equipe dos grupos. Além disso, estimular a criatividade para solucionar problemas.

Por exemplo, a dinâmica da torre (imagem logo abaixo), foram entregues para os grupos canudinhos, fita adesiva, barbante e um marshmello, o grupo que fizesse a torre mais alta com o marshmello na ponta do torre, vencia o desafio, foi bem divertido!

O Design Thinking é um termo que se refere ao processo de pensamento crítico e criativo, que permite a criação e organização de novas ideias, de modo a estimular a tomada de decisões em busca por novos conhecimentos para solucionar um problema.

Dessa forma, é possível criar condições para maximizar insights e aplicar esses conhecimentos na prática, em problemas da vida real, sendo assim, melhorando e criando produtos e serviços para os usuários.

No nosso caso, usamos o Design Thinking para a elaboração de produtos e serviços digitais com foco na comunidade de São Miguel Paulista, as equipes debateram sobre quais problemas desejariam solucionar usando o Design Thinking, surgiram ideias como denúncia de violência doméstica, suporte psicológico para a comunidade LGBT, plataforma de anúncios para comércios locais e muitos outros.

Uma das equipes trabalhando com a ferramenta Lean Canvas.

Não existe uma receita de bolo para o uso do Design Thinking, mas sim uma mudança de atitude que irá ajudar empresas, empreendedores e pessoas que gostam de resolver problemas a atuarem nas novas formas de trabalho que estão surgindo, e também, a dar respostas mais rápidas ao mercado.

As etapas do Design Thinking podem ser divididas em Empatia com o consumidor, Definir o foco para o projeto, Idear as opções para a solução do problema encontrado, Prototipar o que será desenvolvido, Testar com usuários se o produto ou serviço realmente funciona, e por fim, Implementar o resultado final.

Uma coisa importante! Um produto ou serviço digital, precisa ser melhorado e atualizado continuamente, sempre com base no Feedback dos usuários, novos ciclos de testes e novas implementações de melhorias.

Painéis onde cada grupo montou seu mapa da empatia.

Seguindo o projeto dos jovens de São Miguel Paulista, todos os grupos passaram pelas etapas do Design Thinking que citei acima, até chegarem na fase de prototipação do que será desenvolvido.

No momento da prototipação, os grupos utilizaram a ferramenta “Build” da SAP, com base na priorização de cada caso, eles desenvolveram seus protótipos de alta fidelidade, e por fim, cada grupo apresentou seu Pitch mostrando suas soluções.

Observar a evolução de cada grupo, perceber os detalhes dos critérios que usaram em suas soluções, sentir o entusiasmo e a dedicação de cada um deles foi muito gratificante. Com toda certeza, muitos deles despertaram para o universo da tecnologia, muitos percebendo que são capazes de resolverem problemas complexos para sua comunidade e para o planeta.